Mistério no metrô
“Olhem a figura, um rosto. Esta foto foi feita pelos trabalhadores, os operários. Quem está neste rosto? Um olhar… É o olhar da pátria que está em todos os lados… Os trabalhadores estão ali, trabalhando e lhes aparece uma imagem na parede e, assim como apareceu, desapareceu. Chávez está em todas as partes”.
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, ao jurar que o rosto de Hugo Chávez foi visto em um túnel de metrô, sem esclarecer se quem apareceu foi o mesmo Hugo Chávez que de vez em quando vira passarinho ou acabou de ser inventado o milagre da multiplicação de cadáveres insepultos.
“Se a população brasileira lesse a biografia de personalidades como Juscelino Kubitschek e lesse todas as biografias de políticos, possivelmente as pessoas não iriam desprezar a política e, muito menos, a imprensa avacalharia a política como avacalha hoje”.
Lula, nesta terça-feira, durante discurseira no Senado em homenagem aos 25 anos da Constituição que o PT rejeitou, ensinando que, se a população lesse livros que não leu e os jornalistas conhecessem a biografia de ex-presidentes como JK, os brasileiros em geral e a imprensa em particular saberiam que a política só ficou tão avacalhada depois que o país caiu nas mãos de governantes como ele e Dilma Rousseff.
“Hoje eu li no jornal uma coisa interessante. Que era muito súbito isso. Muito súbito. Muito súbito, não. Mostra uma grande eficiência”.
Dilma Rousseff, nesta terça-feira, durante discurseira no Paraná, explicando que a repentina liberação de R$ 3,7 bilhões é uma prova de que o pior governo da história sabe distribuir verbas federais com muita eficácia quando precisa garantir a coesão e o entusiasmo da base alugada.
“A inflação, que no início do ano se mostrava alta e incomodava a todos, foi enfrentada sem tréguas”.
Dilma Rousseff, nesta segunda-feira, durante a noitada promovida por uma revista estatizada, anunciando que acabou de vencer a luta contra a alta da inflação que, segundo a presidente da República, nunca existiu.
“É um tributo que eu pago com a maior alegria”.
Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, sobre o aumento de 35% no IPTU da cidade, confessando que fica até perdulário quando enche os cofres municipais com o dinheiro dos impostos pagos por eleitores que tapeou.
“Quando o governo fez o anúncio em 2011 o projeto era um, mas agora é outro”.
André Vargas, deputado federal pelo PT do Paraná, ao explicar por que Dilma Rousseff desembarcou em Curitiba para anunciar o investimento de R$ 2 bilhões em obras do metrô dois anos depois de anunciar o investimento de R$ 1 bilhão nas obras do mesmo metrô sem que nenhum real tenha sido liberado até agora.
“Mendigo não tem de votar. Mendigo não faz nada na vida. Eu acho que deveria até virar ração para peixe”.
José Paulo Carvalho de Oliveira, vereador do PTdoB de Piraí, no Sul fluminense, em 8 de outubro deste ano, durante a sessão que comemorava os 25 anos da Constituição.
“Errei na colocação das palavras. Não tenho intenção de fazer nada errado. Eu falei, não fiz nada. Minha fala é completamente diferente da minha conduta”.
José Paulo Carvalho de Oliveira, nesta terça-feira, depois que o discurso começou a bombar na internet, explicando que não quis dizer o que disse.
“A senhora foi responsável pelo maior investimento em 20 anos da capital”.
Gustavo Fruet, prefeito de Curitiba, ao ouvir de Dilma Rousseff a promessa de investir R$ 2 bilhões em obras do metrô na cidade dois anos depois de ter prometido um investimento ─ que nunca se consumou ─ de R$ 1 bilhão em obras do metrô na cidade.
“Se me encherem o saco, em 2018 estou de volta”.
Lula, depois de sentar-se à mesa para comer e, principalmente, beber com a bancada do PTB, mostrando que, depois de tantos anos e tantas derrapadas verbais, ainda não aprendeu a ficar quieto ao fim desse tipo de almoço.
“Eu quero colocar a sua presença na Presidência neste período em total igualdade com Ulysses Guimarães. Porque, em nenhum momento, mesmo quando o senhor era provocado dentro do Congresso Nacional, o senhor levantou um único dedo e uma única palavra para criar qualquer dificuldade ao trabalho da Constituinte, que certamente foi o trabalho mais extraordinário do Congresso Nacional”.
Lula, nesta terça-feira, durante a comemoração dos 25 anos da Constituição no Senado, acusando Ulysses Guimarães de ter sido igual a José Sarney que o chefe do PT vivia chamando de “o maior ladrão da Nova República”.
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